sábado, 14 de abril de 2012

Tempos Modernos


Viver cercado com tanta tecnologia tornou-se algo comum entre grande parte das pessoas, principalmente nos centros urbanos. Aparatos tecnológicos, produtos da ciência e necessidade, estão tão imbricados no dia-a-dia que, por vezes, esquece-se dos possíveis problemas advindos de tanta facilidade no acesso às informações. O mesmo celular que otimiza os diálogos, pode ser uma arma ao registrar imagens pessoais. A rede social que aproxima pessoas é a mesma usada para prejudicar outrem.
A sensação de viver num "Show de Truman" ainda assusta, porém, toda esta "invasão" pode ser controlada pelo próprio indivíduo ao tomar conhecimento dos benefícios e riscos de tudo que está disponível. O progresso na ciência vem para tornar mais prática a vida dos seres humanos, ou resolver problemas anteriormente insolúveis. Porém, como tudo que é criado pelo homem, todo avanço técnico ou científico pode ser utilizado para ajudar ou destruir. Foi assim com o nascimento da internet e com a descoberta da energia nuclear, para citar alguns exemplos.
Então, o que fazer diante de tamanha invasão? De tal furto da privacidade? Primeiro, é preciso pensar sobre até que ponto a vigilância ocorre e é positiva: uma câmera numa loja com o intuito de inibir roubos é diferente de uma câmera no banheiro ou no vestuário; uma mãe que se preocupe com o conteúdo que se seu filho acessa na internet, é diferente de obrigá-lo a ceder senhas de email e redes sociais. Ou seja, o ponto de partida é refletir sobre os limites do uso dessas tecnologias, tentando entender os benefícios e malefícios do seu uso. Após ter conhecimento do assunto, debater com a família e amigos a necessidade e as consequências da adoção de qualquer medida.
Não dá para negar a facilidade que o mundo moderno criou; nem que os problemas existem. O jeito é aprender a lidar com todo esse fluxo de informações e ter bom senso ao utilizar estas tecnologias. Os abusos devem ser reportados para autoridades competentes e atitudes invasivas devem ser punidas de acordo com a gravidade. Esta é só mais uma das consequências da modernidade e, como tantas outras, exige ética e reflexão para utilização.

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