quinta-feira, 12 de abril de 2012

A tênue fronteira da liberdade


Para que a Liberdade de ação e expressão sejam garantidas, é necessário que a humanidade compreenda os limites sociais e individuais. Somente com esse conhecimento prévio pode-se conseguir respeitar os diferentes pontos de vista e desenvolver um diálogo mais harmônico. A proposta de Frei Beto de que "a liberdade do ser humano mede-se pela liberdade do seu próximo" é o ponto de partida para toda a reflexão sobre este assunto, de maneira imparcial.
Hoje, o grande problema está no conceito de liberdade advindo da consolidação do Capitalismo, onde "ser livre" é fazer o que se quer. Isso tudo é resultado de uma ideologia inescrupulosa, criada para denegrir qualquer oposição ao sistema. No entanto, falar de liberdade desconsiderando respeito e responsabilidade é cair no erro crasso da confusão desta com libertinagem.
Em outras palavras, liberdade de expressão e ação são fundamentais para garantir a harmonia numa sociedade com tantas particularidades. Porém, garantir isso é mais do que permitir que todos falem e ajam de acordo com suas crenças; é permitir ao menos o diálogo respeitoso entre as partes e encontrar um ponto em que ambos concordem. É necessário colocar em prática o senso de coletividade e o sentimento de alteridade.
Mais uma vez, o debate envolve basicamente o respeito e a noção de limites. Não importa em que esfera de convivência está se falando, estes são pré-requisitos básicos. Adolescentes que reclamam de pais "autoritários" precisam entender que fazem parte de tempos e contextos diferentes dos seus progenitores; no trabalho, chefes e subalternos devem ter noção dos limites de relacionamento e exploração; enfim, na sociedade, de modo geral, a tentativa de se colocar no lugar do outro é importante. Não é fácil. Requer prática constante e paciência, mas sim, é possível.

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